quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Blitz da Lei Seca sofreram diminuição em Belo Horizonte



Olá!

A campanha “Sou pela vida, dirijo sem bebida”, cujas operações focavam o combate à junção de bebidas alcoólicas e direção, perdeu força em Belo Horizonte. Em relação a janeiro de 2014, a diminuição foi de 70%. De acordo com o novo comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), houve nove operações exclusivas para verificar o cumprimento da Lei Seca no mês passado, nas quais 1.147 veículos foram abordados.

De acordo com dados da Polícia Militar, neste mesmo período, em 2014, houve pelo menos 31 operações, com ações ocorrendo diariamente, e um saldo de 5.718 condutores parados. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) afirma que houve uma mudança de estratégia e que tem sido capaz de combater a embriaguez no trânsito com operações rotineiras da PM sem priorizar as ações específicas da Lei Seca. De acordo com o órgão, as ações gerais do BPTran abordaram 5.141 veículos em janeiro deste ano.

Durante as abordagens das ações gerais da polícia no mês passados, 39 condutores foram flagrados em diferentes teores de alcoolização, sendo encaminhados à Polícia Civil. Não foram registradas recusas do teste do bafômetro no período. Nas abordagens realizadas pela campanha “Sou pela vida”, em janeiro de 2014, 91 motoristas foram flagrados e conduzidos ao delegado de plantão, enquanto outras 36 se recusaram a fazer o teste do bafômetro e também foram encaminhadas à delegacia.

Segundo a Seds, no período de janeiro a novembro de 2015, houve uma redução de 35% das mortes no trânsito no município em relação ao mesmo período no ano anterior. As batidas com pelo menos uma pessoa em estado grave ou inconsciente apresentaram uma redução de 15,2%. De acordo com um representante do órgão, os resultados indicam que as ações realizadas em parceria com a PM estão na direção certa.

Sobre a perda de força das blitzes específicas para flagrar motoristas alcoolizados, o atual chefe do BPTran afirma que isto se deve às outras atribuições do batalhão, como outras operações no combate à criminalidade. Ele garante, contudo, que a recomendação do comando atual da PM é que o uso do bafômetro seja intensificado nas ruas da cidade, mesmo que isso não signifique a volta das operações integradas.

Um mestre em sociologia especializado em educação e segurança no trânsito considera que esta redução das operações específicas de cumprimento da Lei Seca também se verificou em outras capitais do país. Isto seria um reflexo de limitações financeiras, já que este tipo de ação tem um alto custo de pessoal, equipamentos e viaturas. O especialista lamenta este fato, pois experiências bem sucedidas fora do Brasil normalmente estão amparadas em ostensividade para garantir a mudança do comportamento. Segundo ele, a percepção de que a operação está em todo lugar é o que importa, e isto só é possível com ações ostensivas, públicas e duradouras. Um exemplo disso é o Rio de Janeiro, em que há mais de seis anos as operações passaram a ser ostensivas, o que resultou na sensação de que infratores serão pegos caso descumpram a lei.

Fernando

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