Olá!
Extremamente
questionado por toda a comunidade médica e pelos órgãos ligados aos
transportes, o fato de tornar obrigatório o exame toxicológico para os
condutores profissionais, que entra em vigor no mês de março como uma das
condições para a renovação das Carteiras Nacionais de Habilitação nas
categorias C, D e E é tida como um meio eficaz na redução dos acidentes e do
tráfico de drogas nas rodovias.
O
procedimento, que será realizado a partir de algumas amostras de unha ou de
cabelo, atestará se o motorista fez uso de drogas em um intervalo de 90 dias.
Este exame também se fará necessário em exames de admissão ou de demissão nas
empresas. Aquele cujo exame acusar o uso de rebite, cocaína ou qualquer droga
que é corriqueiramente consumida por alguns dos profissionais da área, será
proibido de exercer sua profissão pelo intervalo de três meses.
“A
expectativa é que o exame também contribua para diminuir o tráfico de drogas,
já que muitos caminhoneiros se tornam dependentes e passam a pagar suas dívidas
com transporte de drogas. Isso explica o aumento das apreensões das polícias
rodoviárias de grandes quantidades de drogas em carretas”, afirma um dos
coordenadores do programa SOS Estradas.
Nos
Estados Unidos foram realizadas experiência bem-sucedidas, um transportadora de
grande porte adotou o procedimento e como consequência diminuiu para zero o
número de condutores que fazem uso de entorpecentes.
Este exame
é tido também como uma ferramenta para coibir a concorrência desleal; muitos
condutores, para conseguirem acumular jornadas de trabalho mais longas, apelam para
o uso dessas substâncias ilícitas, tirando assim a oportunidade de frete para
outros profissionais.
“Quem
respeita a jornada do motorista e não exige viagens absurdas também é
prejudicado por empresas que exploram seus motoristas, mesmo sabendo que vão
ter que recorrer ao rebite e até cocaína. Por outro lado, a exigência do exame
vai estimular a busca de tratamento dos motoristas que já são dependentes.
Algumas coletas recentes feitas com motoristas que transportam produtos
perecíveis já detectou que cerca de 30% a 40% dos examinados já são dependentes
de cocaína, ou seja, viciados que somente tem condições de recuperação com
tratamento e, na maioria dos casos, internação”, ressalta o especialista.
Para a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), que critica a realização do exame toxicológico, a exigência é um processo discriminatório e inviável. Os membros da associação dizem que não há evidências científicas que provem que a partir de amostras de cabelo consiga se provar o uso de entorpecentes no intervalo de 90 dias.
Para a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), que critica a realização do exame toxicológico, a exigência é um processo discriminatório e inviável. Os membros da associação dizem que não há evidências científicas que provem que a partir de amostras de cabelo consiga se provar o uso de entorpecentes no intervalo de 90 dias.
Fernando
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