domingo, 17 de janeiro de 2016

Trânsito em Marília gerou quase 18.000 multas e cerca de 1.500 acidentes com mortes em 2015



Olá!

Durante o ano passado, 17.512 motoristas foram autuados na área urbana de Marília-SP. Destes motoristas, 720 conseguiram recurso no Jari, o que torna o número de multas efetivas por desrespeito à legislação de trânsito 16.792, distribuídas entre cidadãos de Marília ou visitantes. Apesar do volume de autuações do município ter uma média de 1.400 multas ao mês, isso ainda se configura como um número cinco vezes menor que o de Bauru — com suas 10.000 multas por mês — ou três vezes menor que o índice de Araçatuba, São Carlos, Araraquara ou Americana, cidades em que são emitidas 5.000 multas por mês. Estas informações foram obtidas através da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo e da Empresa de Desenvolvimento Urbano de Marília (Emdurb).

De acordo com os órgãos de monitoramento, isso tem como reflexo o aumento expressivo do número de acidentes de trânsito na cidade, especialmente os que têm vítimas com lesões de leve a grave e os que resultam em mortes. Em 2015, houve o registro de 1.516 ocorrências de acidentes com vítimas e 26 de acidentes que terminaram em mortes. Isso ocorreu em uma área com 220 mil habitantes, 110 mil motoristas habilitados e cerca de 160 mil veículos que circulam diariamente.

O diretor-presidente da Emdurb crê que o grande volume de autuações não ilustra a qualidade da segurança do trânsito no município, mas que os tipos de infrações mais aplicadas demonstram essa natureza. De acordo com ele, a cidade apresenta fiscalização insuficiente para atender a demanda gerada pelo tráfego e a quantidade de veículos em circulação.

Não existe uma equipe ou agrupamento de trânsito da Polícia Militar no município e o Gaoc (Grupo de Apoio e Orientação à Cidadania) possui apenas 15 agentes. A Polícia Militar possui convênio para fiscalizar e autuar dentro da cidade, porém não tem um batalhão próprio para que seja criado um gerenciamento de trânsito na área municipal, o que é uma reivindicação que inclusive já foi feita. Estima-se que seriam necessários ao menos 45 profissionais para que o Gaoc possa atuar de forma adequada. É possível citar o exemplo de Bauru, que possui não só agentes municipais, mas também um Batalhão de Trânsito constituído por 50 policiais militares.

As cinco infrações mais cometidas, apontadas como as mais primárias e perigosas para que se incorra em acidentes, são: uso de celular, a não utilização de cinto de segurança, infração com veículo de empresa, estacionamento em local proibido e conversão irregular à esquerda.

De acordo com a Emdurb, no momento só é possível flagrar erros de imperícia e imprudência identificados por agentes e policiais. São necessários equipamentos eletrônicos para coibir excessos de velocidade com o risco de autuação, o que facilita o gerenciamento do trânsito, apesar do inconveniente gerado para os motoristas autuados. No momento, a prefeitura conta com cerca de 130 de equipamentos para monitorar a velocidade, os quais estão distribuídos por mais de 20 pontos do perímetro urbano.

Atualmente, a Emdurb e a Polícia Militar têm adotado uma abordagem mais tolerante com infrações leves, preferindo orientar os motoristas a autuá-los. Infrações graves, no entanto, a autuação é imediata. Neste ano haverá maior rigor na fiscalização, principalmente na área central.

Algumas infrações mudaram de classificação, como o estacionamento em vagas para idosos ou deficientes. Antes considerada uma infração leve, agora é considerada grave, o que aumentou a multa para R$ 127,60 e cinco pontos na carteira. A regra também vale para estacionamentos de shoppings e supermercados. Por conta disso, fica o alerta aos condutores de veículos para que se atenham a esse detalhe.

Fernando

Nenhum comentário :

Postar um comentário